Uma dança entre o que foi e o que será
- Maria Aline
- 4 de ago. de 2023
- 1 min de leitura

Cada término é também um prelúdio, meus caros, uma dança delicada entre o que foi e o que será. A transformação, esse bálsamo misterioso, vem a nós com a força de um tsunami, arrancando de nossas mãos o que já não serve mais e depositando em nosso regaço as sementes do novo.
A cada entardecer, ao olhar atentamente, podemos perceber que a mudança não bate à porta, mas sim, já está acomodada em nossa sala de estar, sorvendo um chá de camomila. Ela está nos ciclos da lua, nas estações que se alternam, nas marés que vêm e vão.
E a dedicação que ela exige, essa transformação indomável! Cada passo na direção do desconhecido é um ato de coragem, cada despedida é uma canção de amor-próprio. Nem sempre o cenário que se descortina à nossa frente é o que imaginávamos, e às vezes o caminho que trilhamos é árduo e espinhoso.
Mas continuamos, oh sim, continuamos! Porque a vida, essa mestra incansável, é feita de movimento, de fluxo, de constante reinvenção. E no final, quando olhamos para trás e vemos a paisagem que deixamos, compreendemos que valeu a pena.
Que cada fim foi, na verdade, um começo disfarçado. E que cada transformação nos levou mais perto de quem somos realmente. E assim, seguimos em frente, ao encontro do próximo ciclo.
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