A reconstrução da própria essência

Ela se permitiu ruir por completo, até se encontrar em fragmentos espalhados pelo chão. E ali, no caos da destruição, teve coragem de reconstruir-se. Reorganizou os pedaços com delicadeza e paciência, e pouco a pouco voltou a se erguer.

Agora, sentada na varanda, pode apreciar a beleza da simplicidade nas pequenas coisas: o sol morno da tarde, o aroma das flores, o vento que acaricia a pele, brincar com o filho. E sabe que, embora ainda haja muito a fazer, está no caminho certo, rumo à paz e à essência que há tempos havia perdido.

Enquanto não mais se preocupa com o acelerar das horas, passa a sentir uma nova energia, um novo ar que respira em seus pulmões. Os dias parecem mais coloridos, e ela se permite apreciar as pequenas coisas da vida que antes passavam despercebidas.

Ela entende agora que a simplicidade é uma bênção, e que não é preciso correr atrás do tempo para encontrar a sonhada realização. Às vezes, ela está bem ali, diante dos nossos olhos, esperando que a notemos. E ela sabe que a sua reconstrução não é um processo fácil, mas cada passo dado é uma vitória, um novo aprendizado.

Agora, ela caminha com mais leveza, sem o peso da exaustão mental a arrastá-la para baixo. E ela sabe que ainda há muito a descobrir nessa jornada de se reconstruir, mas está pronta para enfrentar os desafios que virão, sabendo que a sua força interior é capaz de superar qualquer obstáculo.